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REFLEXIONES Y DEBATES
Para que las diferencias no se transformen en desigualdad
Número 213 / Año 2014 / Por Heras, Ana Inés - Burin, David
Presentamos un análisis de modalidades diferentes elegidas por colectivos autogestionados para remunerar el trabajo y distribuir recursos entre sus integrantes. Estos sistemas toman en cuenta, en distinta proporción, su rol como trabajadores, sus derechos como asociados y sus situaciones existenciales. Mostramos la potencia creativa para generar normas internas y los esfuerzos realizados para ponderar las diferencias (profesionales, de productividad, de género, de antigüedad profesional o en la organización, entre otras), sin que estas operen contra el proyecto colectivo. Primero analizamos los derechos del trabajador asalariado y del trabajador autogestionado y los cotejamos con la definición de trabajo decente de la OIT. Luego de describir la metodología, realizamos una descripción analítica de ocho criterios identificados en nuestra investigación para distribuir los recursos generados. Por último, se presentan reflexiones acerca de cómo pensar la justicia a partir de lo que nos enseñan las experiencias cuyos sistemas hemos estudiado y que incluimos en diferentes Anexos al finalizar el artículo.
So that differences do not become inequality We present an analysis of the different ways in which self-managed groups distribute their resources and pay for their work. The criteria identified by which they make these decisions are: their role as workers, their status as cooperative partners and their day-to-day different living conditions. We thus show how these collectives of workers take differences into account yet how these distinctions still do not threaten their collective project. We first discuss workers´ rights in capitalistic traditional relations and compare these with cooperative workers´ rights to then, in turn, contrast this analysis with ILO´s definition of decent work. We describe the methodology by which we documented and analyzed collective´s ways of distributing resources, and explain 8 different criteria found in these distributive cooperative ways. We conclude by discussing what counts as justice in light of the analysis of these experiences, which we include as Annexes at the end of the article.
Para que as diferenças não se transformem em desigualdade. Apresentamos uma análise de modalidades diferentes escolhidas por coletivos autogeridos para remunerar o trabalho e distribuir recursos entre seus integrantes. Estes sistemas levam em consideração, em diferentes proporções, seu papel como trabalhadores, seus direitos como associados e suas situações existenciais. Mostramos a potência criativa para gerar normas internas e os esforços realizados para ponderar as diferenças (profissionais, de produtividade, de gênero, de antiguidade profissional ou na organização, entre outras) sem que estas operem contra o projeto coletivo. Primeiro analisamos os direitos do trabalhador assalariado e do trabalhador autogerido, e os comparamos com a definição de trabalho decente da OIT. Depois de escrever a metodologia, realizamos uma descrição analítica de oito critérios identificados em nossa investigação para distribuir os recursos gerados. Por último, são apresentadas reflexões sobre como pensar a justiça a partir do que nos ensinam as experiências cujos sistemas estudamos, e que incluímos em diferentes Anexos ao finalizar o artigo.